sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Balanço na grande árvore de Ameixas Amarelas




Já falamos sobre isso antes, cada um em seus pensamentos, cada família em suas reuniões de domingo ou mesmo aqui neste blog.
O assunto, após alguns já noticiados, tornou-se antigo por ser conhecido, é a estatística e, ainda assim, sempre uma surpresa desagradável para dizer o mínimo.
O que está acontecendo com as crianças do séc. 21?
Isso tem a ver com o século 21?
E esse tal de “bulling”? Ora, antigamente eram apenas briguinhas de escola?
Quando instalamos nossa TV paga pensei que não veria mais estas coisas, que não acrescentam, desiludem qualquer boa ilusão e frustra a nossa pequena percepção de futuro bom.
Mas só ligar o computador, indo atrás de novas mensagens, boas novas de amigos etc. e tal e elas estão ali, estampadas naquilo que fica numa tênue linha entre a informação pura e simples e a comercialização da notícia.
Dizia o jornal:
-... “Em São Paulo, na tarde desta quinta feira 22 de setembro de 2011, um menino de dez anos de idade atira na professora e logo após em si mesmo, vindo a falecer”...
Lembrei daquele tempo em que eu era criança, e que não me dava conta de que aqueles apelidos todos seriam hoje o “bulling” e minha vida era apenas um velho Balanço de madeira num grande Pé de Ameixas Amarelas... e meus questionamentos se resumiam a:
-Quantas voltas dar na corrente para que o balanço gire mais rápido depois?
- Posso tocar o céu se conseguir chegar bem alto?
- e se eu pular com ele em movimento?
E entre tantas coisas que gostaria de escrever agora, “linkando” isso com o aumento do poder de compra quem sabe, e/ou os novos problemas do século 21, o que mais quero saber, é onde estava o Balanço deste menino.
É que quando penso no majestoso Pé de Ameixas Amarelas, com aquele Balanço de longas correntes que pendiam do galho mais alto, a lembrança mais fácil, pura, simples e mágica que tenho é de uma brincadeira de criança.
Não é que não houvesse preocupações, mas passar boa parte do tempo de baixo daquela imensa árvore, a sombra de sua copa, brincando de Balanço, ofuscou a falta de dinheiro, de passeios culturais, de um quarto onde só haveria minhas bonecas.
-Ah, espera um pouco, fechar os olhos para os infortúnios da vida? Esconder de seus filhos que eles existem? É claro que não sou a favor disso.
Entretanto, hoje tenho muito mais maturidade e estrutura emocional para lidar com todos os problemas que já existiam desde aquela época.
Mas quando eu era criança, foi muito bom ter um Balanço, uma sombra e o Pé de Ameixas Amarelas. Eu não precisava de muito mais. Afinal, era apenas uma menina, a procura de uma nova brincadeira.
Hoje, já adulta, quando olho para minha árvore ainda pequena, crescendo timidamente a cada momento, sonho com o dia em que ela já for tão grande e forte quanto o Pé de Ameixas Amarelas e, assim poder ensinar meu bebe quando ele estiver maior para isso, como são boas as brincadeiras de Balanço, porque infância deveria ser apenas isso.

sábado, 3 de setembro de 2011

Já ouviu falar?

Lupicínio Rodrigues.

Este compositor brasileiro nasceu em Porto Alegre no dia  16 de setembro de 1914  onde passou toda sua vida até  27 de agosto de 1974, ano de sua morte.
Se você quiser chorar, e curtir aquela dor de cotovelo, este é o nome!
Lupe, como era chamado, compôs marchinas de carnaval e sambas-canção.
É impossível não lembrar de nossos avós, que conheceram a famosa época da boêmia...
Eu, por minha vez, quase ouço a voz de um tio meu cantando estas canções, como quando criança, que considero "cafonerrimamente " lindas.

Dizem que Lupicio se inspirou em seus próprios desamores para compôr canções tão sinceras, com um modo de falar de amor como já não se vê.

Aqui, uma das minhas favoritas na versão do grande Lupe e na repaginada da encantadora Bruninha Caram.

Lupe ainda hoje, é capaz de fazer muito marmanjo chorar.