quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cada um com seu sonho: Porque seu filho pode gostar de Vivaldi e você de Rock n Roll!

Sobre todas as coisas que tenho aprendido sendo mãe e educadora da minha filha, a maior delas é sobre expectativa. Já tinha uma ideia clara sobre isso: "Ela será o que quiser, fará o que quiser e, desde que respeite aos outros e a si mesma, tudo valerá".
O que não estava tão claro assim, é o quanto essa ideia se transformaria numa batalha quase que diária: Desde as comparações de outras mães e seus pequerruchos, as frustrações passadas de gerações em gerações.
A melhor herança que posso deixar para minha filha, é a preservação da sua individualidade. Percebo que, "sair pro mundo", apresenta-la a diversidade das coisas e pessoas, é a melhor maneira de resguardar seus próprios sonhos, seu particular.


Criança aprende com estímulos e exemplos

Não quero, quando canto uma música com minha pequena, deixar inferido que ela será cantora. Ainda que avós, primos, tios, amigos, sejam.

Podemos amar uma musica, um estilo musical, cantar no chuveiro e não gostar nem um pouquinho de cantar em público, não ter pretensão alguma, de ser uma cantor de sucesso.
E afinal, o que é esse tal de sucesso? Já teve a sensação de gostar mais de alguma coisa, antes que ela alcançasse o gosto popular?! Pode ser por causa da impressão de que achamos algo que seja "só nosso"...Pode ser uma ideia intima de que sucesso e bom trabalho nem sempre andam juntos.

Então, estamos fazendo certo quando olhamos para aquela criança lindinha, fazendo "chifre do rock" com as mãos, quando afirmamos que será cantora (igual ao tio/tia e seja lá quem for, pessoa que talvez a criança nem conheça ou tampouco viu cantar)?

É muito importante que os pais criem um ambiente multicultural para a criança. Tirar um bom proveito dessa fase da primeira infância, em que o pequeno assimila tudo muito facilmente e por isso tende a repetir o que vê.

Desenhar porque vê o papai desenhando é lindo e ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, mas isso não significa que seu bebê será uma Tarsila Do Amaral.

Talvez, devamos fazer uma reflexão mais profunda sobre o que temos aprendido a respeito de sonhos. Ouvimos e repetimos durante muito tempo a frase: "sonho que se sonha só, é só um sonho e sonho que se sonha junto é realidade", sem levar em consideração que, na verdade, eu posso sim ter um sonho, e você outro. Pode ser legal nos ajudarmos para alcança-los,e isso é saudável.

Aguce a criticidade do pequeno

Ir a parques, exposições, ouvir hoje música clássica e amanhã, MPB. Conhecer gente nova, sugerir discussões e resoluções diferentes. Expôr, não impôr.
Há boas músicas e diferentes gêneros musicais....muitos artistas e diferentes técnicas... Balet Clássico, moderno... vários partidos políticos e muitos pensadores, diferentes técnicas de desenho... Melhor que criar um filho que gosta do mesmo que você, é criar alguém que sabe pontuar porque gosta do que gosta.

As vezes, a gente precisa se contentar com a tarefa singela de ajudar nossos pequenos príncipes e princesas a costurar a rede com que vão pegar o cometa e descobrir novos mundos, seus próprios.

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Como de costume, compartilho algumas coisas com vocês: o site: http://www.coolparents.com.br/
com assuntos distribuídos em forma de link, Histórias e dicas deste universo que fazem parte do cotidiano dos pais.

E este vídeo que achei em minhas pesquisas pela net https://www.catarse.me/pt/depoisdeontem
Depois de ontem é uma poesia teatrada que fala do envolto de quantos sentimentos cabem numa relação entre mãe e filho. Você pode ainda adicionar projetos ou ser apoiador.


Abçs e bons sonhos crianças,

Josi Oliveira

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Balanço na grande árvore de Ameixas Amarelas




Já falamos sobre isso antes, cada um em seus pensamentos, cada família em suas reuniões de domingo ou mesmo aqui neste blog.
O assunto, após alguns já noticiados, tornou-se antigo por ser conhecido, é a estatística e, ainda assim, sempre uma surpresa desagradável para dizer o mínimo.
O que está acontecendo com as crianças do séc. 21?
Isso tem a ver com o século 21?
E esse tal de “bulling”? Ora, antigamente eram apenas briguinhas de escola?
Quando instalamos nossa TV paga pensei que não veria mais estas coisas, que não acrescentam, desiludem qualquer boa ilusão e frustra a nossa pequena percepção de futuro bom.
Mas só ligar o computador, indo atrás de novas mensagens, boas novas de amigos etc. e tal e elas estão ali, estampadas naquilo que fica numa tênue linha entre a informação pura e simples e a comercialização da notícia.
Dizia o jornal:
-... “Em São Paulo, na tarde desta quinta feira 22 de setembro de 2011, um menino de dez anos de idade atira na professora e logo após em si mesmo, vindo a falecer”...
Lembrei daquele tempo em que eu era criança, e que não me dava conta de que aqueles apelidos todos seriam hoje o “bulling” e minha vida era apenas um velho Balanço de madeira num grande Pé de Ameixas Amarelas... e meus questionamentos se resumiam a:
-Quantas voltas dar na corrente para que o balanço gire mais rápido depois?
- Posso tocar o céu se conseguir chegar bem alto?
- e se eu pular com ele em movimento?
E entre tantas coisas que gostaria de escrever agora, “linkando” isso com o aumento do poder de compra quem sabe, e/ou os novos problemas do século 21, o que mais quero saber, é onde estava o Balanço deste menino.
É que quando penso no majestoso Pé de Ameixas Amarelas, com aquele Balanço de longas correntes que pendiam do galho mais alto, a lembrança mais fácil, pura, simples e mágica que tenho é de uma brincadeira de criança.
Não é que não houvesse preocupações, mas passar boa parte do tempo de baixo daquela imensa árvore, a sombra de sua copa, brincando de Balanço, ofuscou a falta de dinheiro, de passeios culturais, de um quarto onde só haveria minhas bonecas.
-Ah, espera um pouco, fechar os olhos para os infortúnios da vida? Esconder de seus filhos que eles existem? É claro que não sou a favor disso.
Entretanto, hoje tenho muito mais maturidade e estrutura emocional para lidar com todos os problemas que já existiam desde aquela época.
Mas quando eu era criança, foi muito bom ter um Balanço, uma sombra e o Pé de Ameixas Amarelas. Eu não precisava de muito mais. Afinal, era apenas uma menina, a procura de uma nova brincadeira.
Hoje, já adulta, quando olho para minha árvore ainda pequena, crescendo timidamente a cada momento, sonho com o dia em que ela já for tão grande e forte quanto o Pé de Ameixas Amarelas e, assim poder ensinar meu bebe quando ele estiver maior para isso, como são boas as brincadeiras de Balanço, porque infância deveria ser apenas isso.

sábado, 3 de setembro de 2011

Já ouviu falar?

Lupicínio Rodrigues.

Este compositor brasileiro nasceu em Porto Alegre no dia  16 de setembro de 1914  onde passou toda sua vida até  27 de agosto de 1974, ano de sua morte.
Se você quiser chorar, e curtir aquela dor de cotovelo, este é o nome!
Lupe, como era chamado, compôs marchinas de carnaval e sambas-canção.
É impossível não lembrar de nossos avós, que conheceram a famosa época da boêmia...
Eu, por minha vez, quase ouço a voz de um tio meu cantando estas canções, como quando criança, que considero "cafonerrimamente " lindas.

Dizem que Lupicio se inspirou em seus próprios desamores para compôr canções tão sinceras, com um modo de falar de amor como já não se vê.

Aqui, uma das minhas favoritas na versão do grande Lupe e na repaginada da encantadora Bruninha Caram.

Lupe ainda hoje, é capaz de fazer muito marmanjo chorar.




domingo, 28 de agosto de 2011

Hipocrisia

Pedro, o problema não é o desemprego.
é o desapego com as palavras próprias, a importancia nas palavras empregadas por outros.
Ontem não te vi falar da mesma maneira?
Tu sai e caminha. Meus fantasmas me fazem companhia. Me disseram porém: Sábio quem muda de opnião...
....
.... e quem muda de opnião por ser sábio, agora afinal, já não convém aqueles velhos pensamentos!
Pedro, porque me olha assim, me julga assim, me deixa assim? Nem sei se eu já sabia ou se vi contigo as coisas que me ocorrem agora.
Pedro que me seguia, dividia o pão e o sangue comigo, agora me ignora.

Pedro parece que esquece de que não sou Jesus. Padeço do mal de ser verdadeiro, mas não serei pregado na cruz para que aprenda enfim, e lembre do que acredita, acreditou, acreditava.....

....

eu sei lá Pedro, vai ver, fui eu quem confundiu as histórias.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eu gostaria de te falar canções antigas pra te ninar; e gostaria te dar banquete, com este amor saciar-te a sede

Este menino...
Ah, este menino é um presságio de Deus
Para cair nos braços teus, nos meus

este menino é um homem fugaz
Um presságio de amor
Um pedido de paz


Concentração!

Este menino é o meu homem, um presságio de Deus
de vida e cama
De amor e de paz

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um certo encontro com a feliz cidade, feliz idade, felicidade.

A Felicidade é um atalho desta vida, por vezes incompleta e cheia de feridas.
É mais o caminho que o próprio encontro, um diário de bordo aquém do cais.
Felicidade é o plano com a pessoa amada, desenhado, riscado, sobrevivendo ao tempo mais que a realização do próprio plano.
Quando isso crescer dentro de mim, essa perspectiva de que felicidade pode ser este dia, mesmo que eu tenha apenas isso, esse presente, serei muito mais feliz do que aquela pintura que faço, de alguém encontrando uma certa felicidade, num futuro sem dono.